Osvaldo Nicolás Fabián Gaitán, Médio de 26 anos, é hoje um nome conhecido de todo e qualquer adepto de futebol que se preze, tanto nacional como internacional.
No
Benfica ganhou um Campeonato Nacional, uma Supertaça Cândido de Oliveira, três
Taças da Liga e uma Taça de Portugal. Pouco, de facto, para o génio indomável
de Nico, como é carinhosamente tratado pelo povo da Luz.
Desde
cedo se tornou claro que o ex-Boca Juniors seria um caso sério de popularidade.
Talento, magia e improviso são predicados que se confundem com o próprio camisola
10. Contudo, rapidamente se percebeu que também tinha um lado lunar, capaz de o
fazer alhear-se do jogo por longos períodos, em prejuízo do próprio, da equipa
e, sobretudo, do futebol.
Com o
passar dos anos, Gaitán evoluiu, tendo-se transformado de virtuoso intermitente
em génio sempre presente, em qualquer campo e competição, seja quem for o
adversário.
El
Zurdo, como é conhecido na sua Argentina natal, é hoje um dos símbolos do
Benfica e um dos meninos bonitos do Terceiro Anel, que a cada finta, remate ou
golo seu, aplaude e exulta com o descaramento e a ousadia que exibe perante os
adversários. Gaitán é a chama deste Benfica, a técnica, o virtuosismo e o
repentismo da equipa. É ele o atual herdeiro da magia de Chalana, Rui Costa, Poborský,
Di Maria ou Aimar.
É,
por isso, um presente envenenado a renovação contratual sucedida esta semana.
Certamente
não haverá um Benfiquista que não interprete a redução da cláusula de rescisão
respetiva, de 45M€ para 35M€, como um sinal de um adeus anunciado,
expectavelmente no fim da época.
E,
embora nos tenhamos vindo a habituar a encaixar com relativa naturalidade a
partida dos melhores jogadores, em cada ano, nunca será indiferente ver partir
craques da craveira de Nico Gaitán. Não há “Manel” capaz de o render. Ficaremos
órfãos de um dos nossos maiores talentos dos últimos 20 anos.
Obrigado por tudo, Nico, esta será sempre a tua casa!
Saudações
Benfiquistas,
O
Damião dos Damiões