Jorge Jesus bateu a porta com estrondo e
assinou pelo Sporting CP, “sem passar na casa de partida”. Está lançada a
primeira bomba da “guerra” que será este autêntico Verão quente!
Ainda a recuperar do choque, confesso, importa,
no entanto, que se desfiem algumas notas sobre o assunto.
Primeiro, quero deixar bem claro que, em minha
opinião, Luís Filipe Vieira (LFV) tem culpas directas na saída do Treinador.
Se, de facto, Vieira tinha a intenção de
prescindir dos seus serviços, deveria tê-lo feito sem se importar com o destino
do técnico. A um Presidente, como a um gestor, pede-se que tome decisões que
considera mais adequadas em cada momento e que as assuma em qualquer
circunstância, por elas respondendo. LFV teve medo que Jesus rumasse aos
rivais, o que tornou a sua posição frágil no momento em que tentou igualar a
oferta dos “Viscondes”.
Por sua vez, Jorge Jesus comportou-se de acordo
com a pessoa que vem mostrando ser ao longo dos seis anos em que conduziu o
destino do futebol do Benfica.
Tal como foi capaz de se reunir com o Porto,
logo na segunda época –motivando um aumento salarial para o quadruplo – e de
não partilhar o mérito de nenhum dos títulos conquistados com a estrutura do
Clube, também agora o Treinador decidiu ignorar aquele que lhe deu mão quando o
peso do mundo estava sobre os seus ombros e todos o queriam ver na rua, face ao
insucesso desportivo rotundo ao longo de três épocas desportivas consecutivas,
tendo-se revelado indisponível para considerar a última proposta de Vieira, que
acompanhava o vencimento oferecido pelo rival da 2ª circular.
A um homem grato exigia-se que confrontasse o
Presidente e amigo, LFV, com a proposta do Sporting e os moldes da mesma, para
que, em consciência, aquele pudesse tomar uma decisão sobre o assunto, com a
certeza de que todas as cartas estavam na mesa.
Jesus preferiu a traição, o engodo e a
ingratidão.
Não me choca nada que saia do Benfica, clube do
qual fechou as portas definitivamente.
Estou grato a Jesus por todo o que deu ao Clube,
estando certo de que o Benfica também muito lhe deu a ele. Veremos, no futuro,
quem era mais dependente de quem.
Quanto
à substituição, fala-se de Rui Vitória, um homem humilde, trabalhador e,
segundo se diz, leal aos seus e aos seus princípios. Da minha parte, se assim
se conformar, desejo as maiores felicidades ao Rui, que será, acima de tudo, o
meu treinador. Meu e de cada uma dos restantes 6 milhões. Rui Vitória
transportará aos ombros o desejo histórico da nação benfiquista em ver “os seus
miúdos” despontar na equipa A, com resultados competitivos satisfatórios.
Com
Jesus era impossível – agora está num clube rico, sentado num trono de milhões,
que certamente lhe poderá dar jogadores caros e incertos, como tanto gosta -,
com Rui Vitória, se tivesse chegado 365 dias antes, talvez não tivéssemos sido
privados de um jogador fabuloso, uma esperança inequívoca do futebol português,
chamado Bernardo Silva.
Força
Rui Vitória, terás o nosso apoio. Juntos honraremos o Benfica e mostraremos a
fibra de que cada benfiquista é feito!
Seja
como for, o SL Benfica é maior que as pessoas que o servem e a sua grandeza não
é só medível em títulos.
Esse é e será sempre a enorme e extraordinária
força do Benfica, a sua massa associativa.
No
presente e no futuro, carrega Benfica! #Rumoao35!
Saudações Benfiquistas,
O Damião dos Damiões
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