Estão
desfeitas as dúvidas, se é que ainda as havia. Rui Vitória foi oficialmente
apresentado como o novo técnico do SL Benfica. Do homem, sabe-se que é pacato,
de boas relações, humilde e pouco dado a folclores; enquanto treinador
assume-se relativamente distante, suficientemente autoritário e bastante
convicto do caminho a seguir a partir daqui.
Não
tem, no entanto, experiência de clube grande. Entre as equipas que orientou, o
Vitória minhoto foi o seu maior desafio. Esta é uma das minhas preocupações. O
“jogo de posse” é outro, caso esta signifique constantes passes para trás e
para o lado.
Rui
Vitória terá de perceber o que os adeptos querem, que é acima de tudo ganhar,
mas não basta, é preciso jogar com agressividade, intensidade e sem medo de
partir para cima da defesa adversária. O futebol atacante – honra a Jorge Jesus
– é uma herança para manter, ainda que desejavelmente temperado por momentos
cerebrais, sobretudo nos jogos contra adversários de maior gabarito, bem ao
estilo de Vítor Pereira.
Não
será fácil fazer esquecer o legado de Jorge Jesus, mas o agora treinador sabe
que conta com o Terceiro Anel e o apoio incondicional da Direção, como o
Presidente fez questão de reforçar no seu discurso. Tudo o mais dependerá da
qualidade do trabalho desenvolvido, da sorte e dos jogadores que forem postos à
sua disposição.
Neste
particular, Rui Vitória deve estar satisfeito pois ficou a saber que liderará
uma equipa composta por jogadores de qualidade equivalente aos que foram
orientados por Jesus. Cabe agora ao Presidente honrar a palavra, como sempre
tem feito.
Neste
capítulo, desejo que renovemos rapidamente com Maxi. Quer mais dinheiro? Sim
senhor, passem o cheque (obviamente presumindo que o máximo é o teto salarial
em vigor e nunca o jogador desejará mais do que isso). Mesmo que isso
signifique pagar um pouco acima do que a idade do jogador e a sua longevidade
possam aconselhar. A sua dedicação, entrega e sentimento ao longo de quase uma
década não têm preço e são, sobretudo, estes jogadores que o clube tem de
reconhecer.
Com
alguns reforços, alguns miúdos que Jesus não quis e o grosso do plantel vamos
lá enfrentar a época 2015/2016.
Ao
Rui Vitória, votos de muita sorte e muito sucesso. Certamente que o trabalho,
se for sério e de qualidade, será devidamente reconhecido e compensado. Os
adeptos estão contigo desde o primeiro dia! Bem-Vindo, Rui!
PS- Há muito tempo que não sabia o que era ouvir palavras como “académico” e “empírico” na mesma frase!
Saudações
Benfiquistas,
O
Damião dos Damiões
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