Quando mostram o seu equipamento exigem respeito, eles carregam o Rei ao peito. E já o fazem desde o seu dia de nascimento, quando os pais inscrevem os seus filhos como sócios.
No post inicial desta rubrica, relativo a Buffon, referi que um clube pode tornar-se imortal sem vitórias mas jamais se tornará imortal sem adeptos. Estes serão sempre o coração de qualquer emblema e os melhores divulgadores dos seus valores, mérito, êxitos e feitos.
No post inicial desta rubrica, relativo a Buffon, referi que um clube pode tornar-se imortal sem vitórias mas jamais se tornará imortal sem adeptos. Estes serão sempre o coração de qualquer emblema e os melhores divulgadores dos seus valores, mérito, êxitos e feitos.
São alguns os exemplos de clubes com místicas singulares e com características que os destacam dos demais. Dínamo Dresden, Atlético de Bilbao, AS Saint Étienne têm modelos de adeptos reconhecidos por todos. Em Portugal temos o Vitória Sport Clube, vulgarmente conhecido como Vitória de Guimarães.
A lógica
pré-concebida de que os adeptos idolatram os jogadores é totalmente
desconstruída quando falamos do Vitória. Neste clube, os representantes da
mística são o único agente desportivo que realmente importa, e tudo o resto
gira à sua volta.
Estão sempre
presentes e apenas exigem empenho e respeito pela camisola que cada jogador usa.
São respeitados pelo que são e pelo que representam – o amor ao seu Vitória.
Necessitam de ganhar para se sentirem felizes mas não precisam de vencer sempre, para se sentirem reconhecidos. Apenas aceitam um amor no seu coração, e
simpatizar por um grande, só serviria para retirar espaço de amor ao seu
Vitória.
Gritam, saltam, cantam, berram, invadem, fazem cordões de solidariedade, criam rivalidades e por vezes também vencem.
Gritam, saltam, cantam, berram, invadem, fazem cordões de solidariedade, criam rivalidades e por vezes também vencem.
Neste clube não
há desporto-rei, todas as modalidades são seguidas. Enchem o seu
pavilhão vezes sem conta, seja para assistir a basquetebol ou voleibol.
Quando mostram o
seu equipamento exigem respeito, eles carregam o Rei ao peito. E já o fazem desde
o seu dia de nascimento, quando os pais inscrevem os seus filhos como sócios.
"Trata-se de algo que acontece naturalmente e como um dado adquirido, pelo facto de ter nascido em Guimarães. Costumo descrever o sentimento pelo vitória desta forma: sou mais vitoriano na derrota do que na vitória. O sofrimento do insucesso é muito mais prolongado do que as glórias mais ou menos relevantes." - F
"Ser do Vitória não é ser vitoriano. É pertencer ao grupo mais privilegiado de pessoas que não questionam o que são. Que sentem, que vibram, que trazem consigo um amor comum, mas nasceram com ele ou então conforme vamos vivendo a nossa cidade - Guimarães. Ser do Vitória é sentir uma cidade, é senti-la desde o mais emblemático património histórico, ao mais insignificante escritor que aqui nasceu. É sentir um orgulho tão grande, mas tão grande, naquilo que somos e fazemos que por vezes misturam-se conceitos, onde nós somos os nossos próprios ídolos. Porque nós somos a identidade do clube. O único clube que é verdadeiramente dos seus adeptos e da sua cidade, porque não permitimos que seja de outra forma. Aqui tudo é especial. Desde as horas antes do jogo começar, ao jogo em si e ao fim do jogo no castelo de D. Afonso Henriques. Aqui, só é respeitado o jogador que sue a camisola, que deixe tudo em campo, seja na modalidade que for, porque todas elas são seguidas por nós - adeptos únicos. Aqui, também o jogador tem de ser especial e emblemático. Como a sua cidade. Como o símbolo que carregam no peito." - P
Continuem a cantar e a divulgar o orgulho que trazem..
É com orgulho que eu visto branco,
É com respeito que me vês,
E bate forte cá no meu peito,
E é por ti que eu canto allez!
RESPECT Vitória
Até ao remate da próxima semana,
Adrien S