sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O Bigode do Veloso - The Bebé Crossing Show


A história de Tiago Correia ”Bebé” confunde-se com a fantasia, tais os contornos de que se reveste. O menino institucionalizado na Casa do Gaiato de Loures – que outrora viveu na rua -, em 2010/2011, foi adquirido pelo Manchester United, um dos maiores colossos mundiais. Parecia o cumprir do sonho de uma vida.

Contudo, Bebé não rendeu o que o gigante inglês esperava (o que se tornou mais evidente por comparação direta com o percurso das últimas duas jovens contratações portuguesas: CR7 e Nani). Após três empréstimos e um ano sem utilização em Inglaterra, e quando já se previa o ocaso de uma carreira que ainda nem tinha começado verdadeiramente, eis que surge, na presente época, o Benfica na sua vida. Uma nova oportunidade, uma luz ao fundo do túnel. Depois de uma passagem sensação pelo Paços Ferreira, era a vez de Bebé voltar a Portugal, pela porta grande.

Testado a extremo, ora na esquerda ora na direita, ainda não convenceu. Trapalhão mas veloz, com bom remate mas sem grande drible, com vontade mas sem magia, assim tem sido a sua carreira na Luz.
 
No Benfica de Jesus, Bebé passou a ser Tiago. Mas Tiago nunca deixou de ser Bebé.  E já se fala na dispensa, em Janeiro.
Antes do adeus (quase) anunciado, confesso que gostava de ver Tiago jogar a segundo avançado, atrás do ponta de lança. Tal como fez no Paços de Ferreira, no ano em que foi uma das revelações da I Liga.

Aos 24 anos e com a experiência de uma vida, Bebé tem tudo para ser Tiago, nessa posição. Bom remate, muita velocidade, altura, capacidade de choque e uma intensa vontade de mostrar serviço. Falta apenas um elemento nesta equação: que o Mestre da Tática deixe de ser teimoso e o deixe brilhar no corredor central.

Tenho para mim que, a extremo, nunca passará de um jogador medíocre. E, não sei porquê, quase arrisco dizer que vamos desperdiçar a nossa opção mais válida para suprir a ausência de Rodrigol.

Neste sentido, para ajudar a esclarecer o Mister, o Bigode deixa aqui uma nota para que se acabe de vez com a ideia peregrina e infundada, várias vezes avançada por Jesus, de que o jogador “tem todas as qualidades necessárias a um extremo”. Jorge, se nos permites, eis o famoso The Bebé Crossing Show!  


             
Saudações Benfiquistas,

O Damião dos Damiões