Foi
excelente a vitória do Benfica, no Sábado, sobre o Nacional da Madeira. Céu
azul, 50.000 nas bancadas e uma exibição da equipa a puxar pelos adeptos. Como
é bonito o futebol à tarde!
Houve
intensidade, organização, vontade e muita nota artística da parte dos
comandados de Jesus, que certamente ficou agradado com a prestação dos
jogadores.
É
justo que se diga começarem a faltar adjectivos para descrever a interferência
positiva que Jonas tem no futebol encarnado. A cada jogo que passa o brasileiro
faz questão de confirmar que velhos são
os trapos. Não só joga como faz com que todos os outros joguem melhor. Que
classe!
Mas,
como não poderia deixar de ser, ou não estivesse o fatalismo impregnado nos
adeptos desde a terrorífica década de ’90, a Páscoa não deixou apenas louros,
trazendo consigo alguns espinhos, que assumiram a forma de assobios. Compreendo
que grande parte dos adeptos, onde me incluo, não tenha total e absoluta
confiança na habituação psicológica da equipa em suportar momentos de pressão
como o que vive, em que tudo se decide e a diferença entre viver ou morrer pode reduzir-se a 3 pontos.
Creio,
no entanto, que a melhor forma de ajudar o plantel é apoiando os jogadores,
fazendo-os sentir que estaremos com eles na derrota ou na vitória,
retirando-lhes dos ombros o enorme peso que a vitória regular ainda possa representar.
É importante compreender isto porque, não haja dúvida, o ambiente da bancada
passa para os atletas, que o sentem e a ele muitas vezes reagem, mesmo que
inconscientemente.
Se é
verdade que algumas vezes temos não só o direito mas o dever de mostrar descontentamento
com a exibição – como aconteceu em Vila do Conde e Paços de Ferreira, por
exemplo -, outras vezes há, como o jogo
de Sábado, em que não faz qualquer sentido o assobio, na minha opinião. A
equipa fez um belíssimo jogo desde o início, mostrando garra e vontade de
vencer. Nunca vacilou nem hesitou nas suas intenções.
É
natural que depois do 3-0, e faltando 10 minutos para o final, a descompressão
surja e a cabeça derive para longe, talvez para futuros embates. Os jogadores
não são máquinas e como diz J.J. nenhuma
equipa no mundo consegue estar ao mesmo nível durante 90 minutos.
Dito
isto, é importante que saibamos apoiar os rapazes até ao fim. A vitória está
próxima e se sentimos orgulho em que a equipa publicamente se refira a nós como
o seu 12º elemento, temos de merecer vestir
a camisola. No Benfica a exigência não se mostra só aos atletas, tem de
começar nas bancadas.
Apoiemos
e incentivemos os nossos rapazes. Estejamos ao seu lado nos últimos degraus da
caminhada. Nunca se esqueçam:
Saudações Benfiquistas,
O
Damião dos Damiões
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