Antes
de mais, aplausos para o público presente na Luz, no Domingo. Foi fantástico!
As
coreografias exibidas no início, sobretudo, mas também durante o jogo estiveram
ao nível do que melhor se faz por essa Europa, lembrando, por exemplo, os espetáculos
com que semanalmente os adeptos do Borussia Dortmund presenteiam a sua equipa. Tenho
a certeza que os jogadores sentiram o apoio vindo das bancadas e jogaram de mãos
dadas connosco!
O jogo propriamente dito não foi de grandes emoções nem marcado por rasgos de génio. As equipas conhecem-se muito bem e prepararam-se taticamente, ao ponto de se terem anulado durante praticamente 90 minutos.
Na
minha opinião, o Benfica fez o que lhe competia. Com 3 pontos de vantagem jogou
com a classificação, não se expondo, tendo-se mantido sempre muito organizado
defensivamente à espera de um erro adversário para sentenciar a partida. Foi uma
equipa adulta sob a batuta de um Jesus pragmático, a fazer lembrar o melhor
estilo de Mourinho!
Ao
Porto competia ganhar, desse por onde desse. Para mais contando com o melhor
plantel da prova, em qualidade e quantidade. Os azuis e brancos tinham de ter
feito tudo ao seu alcance para o efeito, assumindo as despesas do jogo e
mostrando que mereciam destronar o líder da classificação desde a 5ª jornada da
Liga. Falhanço clamoroso de Lopetegui e dos seus comandados. O empate traduz na
íntegra o que se passou em campo, num jogo com uma oportunidade de golo para
cada lado e sem situações de perigo.
Com o
resultado verificado o Campeão em título vê a revalidação do mesmo bem mais
perto. Faltam disputar 4 jogos, sendo que dois ocorrerão na Luz e a vantagem
para o segundo classificado permite uma escorregadela até. O Benfica tem já uma
mão no título.
E,
para esta situação, tenho para mim que muito contribuiu Vítor Pereira, na sua
passagem pelo FC Porto. Com
ele, Jesus aprendeu uma grande lição, como canta Rui Veloso. Não a mesma que o
autor traduz na sua conhecida canção mas antes a de que um campeonato apenas se
resolve no último jogo e nunca antes. Ao ter sentido o desgosto e a frustração
da derrota nos dois campeonatos ganhos ao sprint pelo atual campeão grego, o
nosso Treinador cresceu e aprendeu o significado da palavra “resiliência” e a
não mais facilitar na reta final.
Por
último, uma nota apenas para lamentar a triste figura de Lopetegui no final do
desafio. Em ambiente pacífico proporcionado por uma exemplar atitude dos jogadores,
de ambos os staffs e Direções e de todo o público presente, o Espanhol mostrou,
uma vez mais, que tem mau perder. Talvez alguma frustração pela eventual perda
do título, empolada pelos 6 de Munique tenha vindo à tona.
A
fazer fé no teor da informação que tem vindo a público sobre o que se terá
passado, é verdadeiramente lamentável, desproporcional e inadmissível aquela
atitude pouco urbana e civilizada. Categórico, Jorge Jesus, também na forma
como lidou com o assunto, mostrando que aprendeu e cresceu, classificando o
ocorrido como incidente de jogo e sem entrar em queixinhas sobre o
comportamento do rival, ao contrário, por exemplo, do que foi apanágio do
Treinador do FC Porto durante o jogo.
Categórica
é também a nossa vontade que Jesus renove por muitos anos, permanecendo
connosco. Jorge Jesus é Benfica e o Benfica é, de momento, muito de Jorge
Jesus. Temos tudo para fazer história, juntos!
Ao c/
Julen Lopetegui, com letra e música de Jorge Jesus:
Saudações Benfiquistas
O
Damião dos Damiões
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