O,
para mim, melhor treinador do mundo voltou a fazer das suas no último fim-de-semana,
ganhando mais uma Barclays Premier League, que somou à Taça da Liga Já
conquistada esta época. Foi o 22º título do Special One, o 8º ao serviço dos Blues.
Mourinho
mostrou que há homens que, de facto, podem e devem voltar ao lugar onde já
foram felizes, sendo já difícil encontrar adjetivos que o qualifiquem.
Parabéns, MOU!
Curiosamente,
numa das entrevistas concedias à imprensa portuguesa no rescaldo desta sua mais
recente conquista - na qual deu a sua opinião sobre o desfecho da Liga -, o Special One salientou o trabalho de Luís
Filipe Vieira à frente do SL Benfica, tendo declarado que “O treinador do Benfica não
estaria agora a ser campeão se tivesse sido despedido após uma época em que
perdeu tudo nos últimos jogos. Se calhar, o grande vencedor é Luís Filipe
Vieira”.
É, em minha opinião, justíssima a análise e
merecido o elogio.
Vieira não fez sempre tudo bem feito mas teve o
condão de saber aprender com os seus falhanços. Em 12 anos reabilitou o clube
económica e financeiramente, ressuscitou a marca e mundializou novamente o
Benfica. Foi pioneiro com a BTV,
construiu o Estádio da Luz, o Pavilhão, o Museu e a Academia. Uniu adeptos e
jogadores incondicionalmente e criou condições para ostentar planteis altamente
competitivos, como expressam as duas finais europeias disputadas nos anos mais
recentes e os dois (quase três) campeonatos ganhos nos últimos 6 anos. Tudo
isto em 12 anos parece-me meritório!
Por outro lado, a decisão do Presidente que
Mourinho exalta é bem demonstrativa da sua própria evolução. Se tempos houve em
que Vieira pretendeu assumir a pasta do futebol, com os resultados desastrosos
que conhecemos, a decisão de manter Jesus, com zero títulos e um bárbaro
investimento na equipa, quando a maioria pedia a cabeça do treinador,
revelou-se sagaz, prudente, sensata e frutífera.
A estabilidade é um elemento imprescindível ao
sucesso sustentado. E certamente que o sucesso de Jesus no Benfica está
umbilicalmente ligado à estabilidade promovida por Luís Filipe Vieira, é bom
não ignorar.
Presidente e Treinador aprenderam os vícios
mútuos, moldaram-se à imagem do outro, ao ponto de hoje serem uma equipa
perfeita.
Sou adepto da máxima segundo a qual “em equipa
que ganha não se mexe”, portanto, meus senhores, façam-nos lá o favor de se
manterem por aí mais uma década, sim?
Saudações
Benfiquistas
O
Damião dos Damiões
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