Para
os Benfiquistas, tão boa como a vitória do passado Domingo, em Arouca, é a
notícia do iminente regresso à competição de Ljubomir Fejsa, que se lesionou
com gravidade ainda no decurso da época passada.
Como
já sucedeu com outros antes de si, como Simão, Petit, Mantorras ou Sokota, o
famoso e infame LCA (Ligamento cruzado anterior) cedeu e atirou o sérvio para
um exílio competitivo de praticamente uma época.
Várias
vezes os futebolistas confidenciam que as lesões são as suas bestas negras, o
pesadelo que todos querem afastar e o adversário que no silêncio do seu íntimo
temem ter de enfrentar. Se a memória não me atraiçoa, recentemente não me
recordo de algum jogador ter estado tanto tempo privado de dar o seu contributo
à equipa, de fazer o que mais gosta e exercer a sua profissão.
Para
quem põe tudo de si no mínimo que faz e nunca vira a cara à luta, não será
fácil resistir à frustração em momentos destes. E Fejsa, pelo Benfica, deu
sempre a cara nos momentos difíceis, sempre disse presente.
Enquanto
adepto sinto-me parte da equipa. E se essa condição me dá o direito e o dever
de exigir semana após semana raça, crer e ambição dos meus jogadores, hoje, tal
condição impõe-me que saúde Fejsa, o jogador, mas também o homem que resistiu a
um ano inteiro sem dar um chuto na bola, sem sentir o calor das bancadas, a
adrenalina dos jogos e o propósito da sua existência profissional.
Para
elogiar um grande golo, um passe magnífico ou uma finta servem os jornais e
demais imprensa. Mas, se pensarmos, há pouco quem elogie o sacrifício, entrega
e abnegação dos atletas em tempos conturbados, quando estão na sombra, feridos
no físico e no orgulho.
Assim,
e à beira de regressar, aqui fica a minha pequena homenagem e o meu
agradecimento ao nosso Fejsa, a carraça sérvia. Muitos anos de conquista
estarão à tua frente, sempre ao nosso lado.
Saudações
Benfiquistas,
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