A última vez que o SL Benfica se sagrou
bicampeão nacional de futebol foi na época de 1983/84, depois de ter
conquistado o título na temporada antecedente. Ainda pontificava a velhinha
Luz, com lotação máxima de 120.000 pessoas.
O plantel constituído por Álvaro Magalhães,
Manuel Bento, Diamantino, Carlos Manuel, António Bastos Lopes, José Luís,
Pietra, Shéu, Nené, Stromberg, Oliveira, Chalana, Manniche, Veloso, Filipovic,
Alberto Lopes Bastos, Padinha, Delgado, Humberto Coelho e Samuel, e liderado
pelo mais ilustre sueco da centenária história do clube, Sven-Goran Erikson,
atingiu a marca global de 42 jogos na época, a que correspondem 30 vitórias, 7
empates e 5 derrotas, 111 golos marcados e 35 sofridos.
Desde então nunca mais o clube logrou
semelhante registo. O mesmo equivale a dizer que no decurso dos meus 28 anos de
vida nunca vi o SL Benfica carimbar o bicampeonato.
Para os adeptos da minha geração, na verdade,
o bicampeonato não passa de um conceito abstrato e não densificado, realidade
que face aos gloriosos 111 anos do clube é inadmissível e urge alterar!
Confio que Artur, Paulo Lopes, Júlio César, Luisão,
Loris Benito, Maxi Pereira, Lizandro López, César, Jardel, Sílvio, André
Almeida, Eliseu, Fejsa, Ruben Amorim, Andreas Samaris, Sulejmani, Anderson
Talisca, Ola John, Eduardo Salvio, Nico Gaitán, Enzo Pérez, Pizzi, Bryan
Cristante, Lima, Nélson Oliveira, Jara, Bebé e Derley, pela mão do enorme Jesus, no final
da época partilharão com os enunciados no início deste texto não apenas a
qualidade técnica mas também a imortalidade histórica.
Que as defesas, fintas e golos dos heróis de
‘84 inspirem os heróis do presente e ecoem nos do futuro.
Por último, e a título de declaração para
memória futura, estou certo que se nos comunicarmos daqui a 28 anos o Benfica
tratará o bicampeonato por “tu”.
Saudações Benfiquistas,
O Damião dos Damiões
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