sexta-feira, 27 de março de 2015

Remate na Gaveta - O canhão do canhoto!

Há golos que nos deixam completamente de boca aberta, que parecem impossíveis de concretizar, mesmo depois de os vermos em câmara lenta vezes e vezes sem conta. Esta semana decidimos recuperar um desses golos, simplesmente soberbos!

Palco: Stade de Gerlan, Lyon (França)
Competição: Tournoi de France, 03.06.1997
Jogo: França 1:1 Brasil

Estávamos em vésperas do Mundial França’98 e a seleção anfitriã, automaticamente apurada para o torneio, ia realizando diversos jogos de preparação, todos eles amigáveis. Em 1997 organizou mesmo um torneio internacional, com partidas em várias cidades francesas, e que contou com a presença das seleções brasileira, inglesa e italiana. Os ingleses acabaram por vencer esse mesmo torneio, totalizando 6 pontos, à frente do Brasil, com 5, e da França e Itália, ambos com 2 pontos.

No jogo inaugural, Aime Jacquet e Mario Zagallo apresentaram os seguintes onzes:
França: Barthez, Lizarazu, Laurent Blanc, Desailly, Candela, Deschamps, Ibrahima Ba, Karembeu, Zidane, Pires, Florian Maurice.
Brasil: Taffarel, Cafu, Aldair, Célio Silva, Roberto Carlos, Mauro Silva, Dunga, Leonardo, Giovanni, Ronaldo, Romario.

O jogo terminou empatado a uma bola, graças aos golos de Roberto Carlos e Marc Keller (tinha entrado ao intervalo) mas a história foi outra. Se o resultado ou mesmo a classificação final no torneio já não eram o mais importante na altura, muito mais insignificantes se tornaram depois de Roberto Carlos ter marcado o primeiro e o mais bonito golo do torneio.

Um golo, de bola parada, de fazer levantar um estádio. Sim, é verdade que o Brasil jogava contra a França, em Lyon, com a quase totalidade dos adeptos a puxar pela equipa da casa. Mas não há como ficar indiferente a um golo destes… simplesmente genial! Barthez ficou como todos nós, boquiabertos!


O pontapé canhão do defesa brasileiro já fez muitos estragos. Roberto Carlos fez o gosto ao pé mais de uma centena de vezes, a grande maioria com a camisola do Real Madrid, onde atuou durante 11 anos. Mas um golo, pleno de intenção, que alia a potência de um remate à conhecida “trivela” e ainda contornando a barreira pelo lado contrário, merece figurar no registo dos melhores golos de sempre!

Roberto, se estás a ler este post, obrigado por este golo, inesquecível!

Uma vez amado, para sempre recordado!


A memória do João


Sem comentários :

Enviar um comentário