Há golos que nos deixam
completamente de boca aberta, que parecem impossíveis de concretizar, mesmo
depois de os vermos em câmara lenta vezes e vezes sem conta. Esta semana
decidimos recuperar um desses golos, simplesmente soberbos!
Palco: Stade de Gerlan, Lyon
(França)
Competição: Tournoi de France, 03.06.1997
Estávamos em vésperas do
Mundial França’98 e a seleção anfitriã, automaticamente apurada para o torneio,
ia realizando diversos jogos de preparação, todos eles amigáveis. Em 1997
organizou mesmo um torneio internacional, com partidas em várias cidades
francesas, e que contou com a presença das seleções brasileira, inglesa e
italiana. Os ingleses acabaram por vencer esse mesmo torneio, totalizando 6
pontos, à frente do Brasil, com 5, e da França e Itália, ambos com 2 pontos.
No jogo inaugural, Aime
Jacquet e Mario Zagallo apresentaram os seguintes onzes:
França: Barthez, Lizarazu,
Laurent Blanc, Desailly, Candela, Deschamps, Ibrahima Ba, Karembeu, Zidane,
Pires, Florian Maurice.
Brasil: Taffarel, Cafu,
Aldair, Célio Silva, Roberto Carlos, Mauro Silva, Dunga, Leonardo, Giovanni,
Ronaldo, Romario.
O jogo terminou empatado a
uma bola, graças aos golos de Roberto Carlos e Marc Keller (tinha entrado ao
intervalo) mas a história foi outra. Se o resultado ou mesmo a classificação final no torneio já não
eram o mais importante na altura, muito mais insignificantes se tornaram depois
de Roberto Carlos ter marcado o primeiro e o mais bonito golo do torneio.
Um golo, de bola parada, de fazer
levantar um estádio. Sim, é verdade que o Brasil jogava contra a França, em
Lyon, com a quase totalidade dos adeptos a puxar pela equipa da casa. Mas não
há como ficar indiferente a um golo destes… simplesmente genial! Barthez ficou
como todos nós, boquiabertos!
O pontapé canhão do defesa brasileiro já fez muitos estragos. Roberto Carlos fez o gosto ao pé mais de uma centena de vezes, a grande maioria com a camisola do Real Madrid, onde atuou durante 11 anos. Mas um golo, pleno de intenção, que alia a potência de um remate à conhecida “trivela” e ainda contornando a barreira pelo lado contrário, merece figurar no registo dos melhores golos de sempre!
Roberto, se estás a ler este
post, obrigado por este golo, inesquecível!
Uma vez amado, para sempre
recordado!
A memória do João
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