Num período de 5 dias o FC Porto teve dois embates difíceis em outras tantas deslocações, um contra o Basileia na Suíça e outro contra o Boavista no estádio do Bessa.
No primeiro, apesar de me ter enchido de orgulho ver o meu FC Porto a mandar no jogo num palco europeu que não o nosso "Dragão", o resultado não traduziu a supremacia azul e branca (empate a uma bola), de qualquer das maneiras saímos da Suíça com uma ligeira vantagem na eliminatória.
Um jogo muito polémico com algumas decisões duvidosas e outras escandalosas por parte do árbitro inglês. Mas numa das suas raras decisões corretas assinalou uma grande penalidade que permitiu ao Danilo repor um pouco da justiça no resultado.
O jogo desta 2ª-feira no estádio do Bessa esteve longe de ser aquele Dérbi que antigamente costumava parar a cidade do Porto. Atualmente há um desnível muito acentuado entre os orçamentos e a respetiva qualidade de ambos os plantéis, tendo-se verificado essa projeção no relvado. Controlámos todas as vertente do jogo desde o primeiro ao último minuto, o Boavista só criou perigo apenas uma vez aquando de uma arrancada de Brito pela esquerda, culminando com um remate potente e uma boa defesa de Fabiano.
A hora estava a avançar e a tranquilidade da equipa axadrezada era inversamente proporcional à tranquilidade da equipa portista. Julen Lopetegui mais uma vez voltou a mexer bem na equipa, refrescando o ataque e o meio-campo e quando se preparava para por toda a carne no assador, chamando Gonçalo Paciência (Jackson, Brahimi, Tello, Quaresma em campo) o golo apareceu, finalmente! Um grande lance individual de Tello pela esquerda que descobriu o nosso Homem-Golo, selando assim toda a intranquilidade com uma chave de 3 pontos para o Dragão.
Ainda houve tempo para mais uma assistência de Tello para o Brahimi voltar aos golos e fechar assim as contas do Dérbi, 2-0.
Após estar concluída esta primeira parte de um ciclo difícil mantemo-nos na luta e com ainda mais confiança.
Aproveito também para salientar o meu agrado ao ver jogar pela primeira vez em vários anos 4 portugueses no mesmo 11 portista na Liga Portuguesa: Ricardo Pereira, Rúben Neves, Ricardo Quaresma e Hernâni. E esteve iminente a entrada de um quinto elemento (Gonçalo Paciência). Quando muitos criticam o Lopetegui pela sua espanholização, este surpreende-nos desta forma, muito agradável.
A luta continua e para a semana temos Clássico no Dragão!
Cristiano Mão de Ferro do Vale.
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