A
inesperada derrota do FC Porto frente ao Marítimo abriu a possibilidade de o
Benfica praticamente embolsar o campeonato. Ganhando ao Paços de Ferreira, o
Campeão dispararia na liderança da prova e poucas dúvidas restariam quanto ao
vencedor da mesma. Contudo,
a oportunidade de pôr uma mão e meia no bicampeonato foi desperdiçada pela
equipa, que não soube ter a resiliência, o engenho e os nervos de aço que tal
desígnio exigia. Sobretudo de quem há mais de 30 anos não logra ganhar duas
vezes seguidas a prova mais importante do calendário nacional.
Nem o
imenso apoio vindo da bancada ajudou os rapazes a resolver o encontro, que veio
a terminar com uma derrota por 1-0, não obstante as 3 bolas enviadas à trave
(uma delas na conversão dos 11m). Quem não mata arrisca-se a morrer. E as
premonições de desgraça multiplicaram-se.
Mas
esta morte não significa que perdemos a guerra, apenas uma batalha.
Contrariamente
ao que a opinião pública desportiva tenta fazer crer – não neguemos compreender
a utilidade que a criação de tal ambiente assume para Sporting e, sobretudo, FC
Porto -, a verdade é que o Benfica está bem. Tanto mais quando é certo que as
expectativas foram sempre baixas face ao down
grade de qualidade verificado.
Na
minha opinião chegou o tempo de nós, adeptos do Benfica, mudarmos a mentalidade
e deixarmos de nos amesquinhar face a uma ou outra derrota eventual ou exibição
menos conseguida.
Com
Jorge Jesus, finalmente, temos condições para sentir um pouco do que os adeptos
do FC Porto sentiram com Mourinho e com Villas-Boas, em particular: segurança e
confiança nas opções do treinador. Jesus já demonstrou que sabe o que faz, muito
embora não prescinda da sua reconhecida teimosia. E saber o que faz, para já,
vale 6 pontos de avanço do 2º classificado, com um plantel bastante inferior.
Uma
derrota não muda nada, somente nos mostra que é necessário estar permanentemente
alerta e pronto para a guerra.
Nesta
vida nada nos é dado, tudo é conquistado. E, nesse caminho, julgo ser
preferível, em qualquer circunstância, partir à frente e não atrás. Daí o
provérbio “Candeia que vai à frente alumia duas vezes”. E o Benfica vai à
frente, por muito que tentem disfarçar!
Dito
isto, estou confiante que a equipa vai saber ser digna da responsabilidade que
transporta, a qual não deve ser um empecilho mas sim um incentivo.
Até
Maio, rapazes, domingo após domingo, o intuito é o mesmo: é para ganhar!
Saudações Benfiquistas,
O
Damião dos Damiões
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