terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Remate para a bancada - Saudades do FRA do Jamor

Esta semana, o "Remate para a bancada" oferece o prazer de ler ACADÉMICA. Para alguns apenas um clube de Coimbra mas, para muitos outros milhares, uma identidade.





“Caloiro, de quatro! Agora levante-se e venha beber um fino connosco ali ao Couraça!” Esta foi certamente a primeira relação que muitos milhares tiveram com a Académica. Um clube, uma associação, uma universidade e uma cidade que se unem em torno de um símbolo que caminha pelo mundo.



Foi esta união que existiu no Jamor, em 2012. O futebol foi um pretexto para se viver o negro da felicidade, o preto da alegria e o escuro da saudade e do orgulho. Quando a equipa de futebol proporcionou a todos a final da taça, criou reencontros. Muitos foram aqueles que, quando souberam da notícia, se apressaram em ligar aos seus familiares de coração.
“Estou? Vamos ao Jamor! Juntamos a malta de Economia?”.




As recordações dos melhores anos da vida tinham data marcada para serem revividas. Há um hábito muito comum de se dizer que a Académica não se sente, vive-se! E neste dia de Maio viveu-se a Académica.
“Onde está a minha capa? EU NÃO SEI DA MINHA CAPA!! EU PRECISO DA MINHA CAPA!! Uff, está aqui!”

Camionetas, guitarras, cachecóis e camisolas da Briosa, febras, tinto, trançadinho e cerveja. Tantas e tantas armas que foram levadas para celebrar a Briosa e combater o adversário.

A Briosa ganhou a taça mas isso pouco importava para cada um dos imensos contadores de histórias que passaram pelo Jamor. Como diz Hélder Rodrigues “(...)ser da Académica é símbolo de distinção e bom gosto! De cultura e educação” por isso concluo que aquela mata do Jamor ficou bem rica depois desta visita.
Aliás, a vitória na taça serviu para imortalizar a data do histórico encontro de gerações.





Transportando um pouco para o futebol atual, a Académica não tem a força de outros tempos mas tem apoio. Infelizmente, pela falta de sucesso desportivo, são poucos os academistas. Em muitos casos, os apoiantes da Briosa dividem o seu coração com um clube grande, o que causa alguma revolta nos academistas. Para mim, é um privilégio ter pessoas, estudantes, adeptos, Clientes que não se importam de dividir o seu coração com a Académica. 
Não há dúvidas que o crescimento do espírito académico, ligado ao desporto, passa por uma aproximação à cidade e à universidade. Não será uma tarefa fácil porque o distanciamento, nesta fase, é enorme. A final da taça foi uma amostra do potencial de crescimento que pode ser associado à Briosa.



A Académica não é um clube de futebol. Nunca o será! A Briosa é a memória de uma vida repleta de estudo, alegria, amigos e festa.  Com uma frequência quase semanal, sou questionado por Clientes, da minha profissão, dizendo: “Como está Coimbra? Que saudades...que tempos!” . O termo Académica é, para muitos, mais do que uma palavra! É uma senha, um código mágico! E tal facto é muitas vezes uma chave importante para o estabelecimento de amizades sólidas e duradouras.

Um exemplo de 15 palavras que te vão fazer sorrir e sentir Académica:
DD, Noite dos horários, Convívios de Farmácia, Campo de Santa Cruz, República, Jogar às cartas, Melhores amigos, Couraça. Cartola, Sé Velha, Quebra Costas, Tuna, Samambaia, Latada e Queima das fitas!

E se quando terminares de ler, pensares que isto está tudo errado, que isto não é a Académica mas sim a academia... tu é que estás errado! Isto é que é a Académica!
Que saudades do FRA do Jamor.



E para a cidade de Coimbra não vai nada nada nada?
Tudo!
E para a Briosa não vai nada nada nada?
Tudo!
E para estes imensos corações negros espalhados pelo mundo não vai nada nada nada?
Tudo!
Então com toda a cagança aqui sai um F-R-A


Respect BRIOSA!
Até ao remate da próxima semana,

Adrien S.

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