quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Mística do Dragão - Consolidação na base de Torres

Cedo se percebeu que Óliver Torres é um jogador “fetiche” para Julen Lopetegui. Desde logo pelos contornos da contratação do jovem espanhol, que veio por empréstimo de uma época e sem opção de compra. Ficavam então algumas perguntas no ar: “Vale mesmo a pena andarmos a valorizar um jovem promissor para num futuro próximo outros tirarem proveito de isso? Que vantagens tem o FC Porto com esta contratação?”. Vou tentar responder a estas perguntas que, eu também como Portista, as fiz.

Na minha opinião Óliver Torres é um jogador puro que não engana ninguém. É humilde, trabalhador, forte psicologicamente, inteligente, com um passe preciso quer a curta como a longa distância e tem uma técnica acima da média. Como se não bastasse, este jovem de 19 anos é rico no que diz respeito a cultura tática. Assemelha-se a um “camaleão”, consegue perceber rapidamente se a equipa está a precisar de um 8 combativo ou de um 8/10, que através da sua qualidade técnica e de passe, possa desbloquear o jogo. E joga igualmente bem sempre que é colocado em posições não tão naturais, como de médio interior ou de médio-ala.


Curiosamente ou não, o FC Porto passou uma “fase negra” com 4 empates consecutivos aquando da lesão de Óliver Torres, que era até à data um dos jogadores dos quais o treinador espanhol nunca tinha dispensado. Lesão no ombro a fazer lembrar um outro Óliver que marcou bastante a minha infância. Foi o próprio a comentar essa curiosidade “Já sabia que este nome [Óliver] me traria consequências, agora é recuperar e voltar com mais força", referiu o médio, acompanhando com uma foto sua e de Óliver Tsubasa e acabando por revelar que o nome “Óliver” foi inspirado no desenho animado.


Assim que o jovem espanhol regressou da lesão assumiu naturalmente o seu lugar no onze portista, contribuindo assim para um incremento de qualidade no futebol praticado pela equipa.

Lopetegui é a pessoa da estrutura azul e branca que melhor conhece Óliver, mas pode dizer-se que é também o jogador que melhor conhece Julen Lopetegui, uma vez que trabalharam juntos nas seleções jovens de Espanha. Devido à sua inteligência, força mental e jogando numa posição fulcral, no miolo/cérebro da equipa, este conseguiu rapidamente absorver e transbordar/transmitir as ideologias que o seu compatriota queria implementar na equipa. Sendo notório que sempre que está em campo a equipa interpreta melhor o conceito de jogo do treinador.

Após ter traçado o perfil desta pérola espanhola posso afirmar que a sua contratação não só foi assertiva como também foi fundamental para que “a revolução” de Lopetegui fosse implementada o mais rápido possível.

Quanto à segunda questão, ainda é cedo para responder embora ainda na semana passada o Presidente do Atlético de Madrid tenha admitido poder negociar com os Dragões uma transferência de Óliver a título definitivo. Se isto vier a acontecer, como adepto portista, mas sobretudo como um amante de futebol, ficarei feliz por poder continuar a ver crescer e de Dragão ao peito, um dos próximos melhores jogadores do mundo.


Cristiano Mão de Ferro do Vale.


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